Sobre Desemprego e qualidade do Emprego
Diante das demissões ocorridas no
início deste ano, principalmente no setor industrial, decidimos enquanto
Associação Empresarial convidar algumas empresas que estavam contratando para
realizarmos junto com o Sine municipal uma Feira de Emprego. Fomos
surpreendidos com o número de Jovens com formação no Senai em busca de uma
vaga, o que nos gerou uma série de reflexões.
Dados nacionais do Dieese indicam
que 99% dos empregos criados em 2014 são de até dois salários mínimos e meio.
Em Maracanaú – Ce não foi diferente. Em 2014 a maioria dos empregos ofertados
foi para escolaridade até o nível médio. Empregos que nos próximos anos serão
substituídos por tecnologia. Enquanto as instituições não atuarem de forma
integrada e colaborativa vamos continuar assistindo essas imagens. As empresas
sem conseguir mão-de-obra qualificada, os Sines sem currículos para encaminhar
para as empresas, as escolas de educação profissional formando turmas e mais
turmas, e ninguém se fala, não formam parcerias, não trabalham juntos. Cada vez
mais percebo o quanto é necessária a visão do todo, profissionais que sejam
pontes, que façam conexão do seu trabalho com o “fora” com participação social.
Mas acreditem, tem sido muito difícil encontrá-los. E é até compreensível que
pessoas consumidas pelo trabalho, com equipes enxutas, fiquem sem tempo para
participarem de reuniões fora do seu ambiente de trabalho. Porém não se trata de
mudar o mundo inteiro. Falo de uma localidade, comum a todos os atores
envolvidos, onde um processo melhorado vai beneficiar a todos. Diante das
crises cabe a cada um de nós julgarmos e decidirmos as prioridades.
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