sábado, 9 de abril de 2011

O profissional sem fronteiras - a hibridização do conhecimento

Recebemos dos tempos da Escola, um modo de aprender em formato de grade curricular. Um currículo até então fundamentado em características modernas: linear, seqüencial, estático, segmentado, baseado numa separação rígida entre conhecimento científico e conhecimento cotidiano.
A escola foi projetada para funcionar como uma máquina disciplinadora de formas de ser e de estar em sociedade, sempre dividindo, classificando. Aprisionado sentidos e fixando papéis e identidades  influenciou nossa visão de atuação profissional.
O currículo de um profissional, seu conhecimento adquirido ao longo do percurso precisa ser experimental, híbrido, desejar ligar multiplicidades, fazer conexões, desterritorializar. Ele aponta para a abertura, para o diálogo com outras áreas, busca a expansão, o novo. Hibridismo é a ruptura com a idéia de pureza, nos lembra que não há formas identitárias puras.

Isso demonstra que o campo do currículo encontra-se frente a uma redefinição, exigindo do profissional contemporâneo apropriar-se daquilo que lhe é útil em outros campos, guiando-se por uma idéia de confrontação criativa com as fronteiras, com os “entre lugares”.

       Nesses “entre-lugares” emergem novas maneiras de ser ou novos trabalhos porque somos afetados por outros saberes , novos signos de identidade vão nos atravessando e gerando espaços inovadores de colaboração na sociedade”.

Um comentário:

  1. É isso mesmo, Fernanda. A globalização trouxe fenômenos de inter-relações antes nunca alcançadas, ou talvez nem tão mensuradas. No entanto, a hibridização do conhecimento como você menciona trouxe a reboque oportunidades interessantes de atuação. Mas somente para os profissionais antenados com as mudanças. O restante continua com sua bola de ferro aos pés.

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