quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Gestão de Carreira para profissionais do Direito

O profissional de Direito é essencial na vida das pessoas e a demanda da sociedade para este profissional é enorme, principalmente, devido à regularidade econômica e ao crescimento do Brasil.
Segundo o último levantamento do MEC em 2007, o número de cursos de Direito em funcionamento no pais já chega a 1.078, os quais oferecem anualmente, para ingresso, 223.278 vagas.
Apesar deste cenário promissor, a maioria dos bacharéis em Direito quando se forma não sabe o que fazer. Isso ocorre pela falta de conhecimento das carreiras jurídicas e pela falta de planejamento pessoal. Muitos ainda se questionam no final do curso por que escolheram Direito.
No livro Manual do Profissional de Direito, o autor Diogo Hudson apresenta que segundo a última pesquisa do censo, 25% dos bacharéis estavam desempregados, e dos empregados, somente 51,3% trabalham na área jurídica.
Que momento é esse que estamos vivendo? Como explicar casos de sucesso e de fracasso no mundo do trabalho?
O mundo mudou, as pessoas mudaram, mas nossa prática profissional ainda é muito influenciada pela herança que recebemos do pensamento curricular dos tempos da Escola, onde as disciplinas eram todas separadas.
Para compreendermos o trabalho no séc. XXI precisamos conhecer o momento histórico no qual ele está inserido. Nós vivemos hoje um período de transição de uma sociedade industrial para uma sociedade do conhecimento. Nessa sociedade do conhecimento, pós moderna, o currículo pedagógico precisa ser experimental, híbrido, ligar multiplicidades, fazer conexões, desterritorializar. Hibridismo é a ruptura com a idéia de pureza, nos lembra que não há modelos profissionais identitários puros. O mundo do trabalho hoje aponta para a abertura, para o diálogo com outras áreas, busca a expansão, o novo.

Os níveis de exigência deste novo modelo de mercado fazem com que os profissionais do direito tenham que buscar conhecimento em temas como gestão, estratégia, marketing e empreendedorismo. É da universidade que saem os profissionais que vão gerir escritórios, delegacias, procuradorias... e o mercado ainda está carente de profissionais curiosos e sedentos por outras áreas. Se algum dia você for sócio de um escritório de contencioso de massa, terá que pensar de forma sistêmica como um engenheiro. Para lançar novos serviços deverá pensar como empresário. Se for juiz terá que fazer indagações como um psicólogo.
Debates em torno da questão da formação em Direito costumam constatar que o jovem advogado, em sua maioria, sai da faculdade mal preparado para exercer a profissão, pois em cinco anos de curso não são passados os fundamentos necessários para impulsionar negócios. Transmite-se conhecimentos jurídicos, mas nada se fala em empreendedorismo. Preocupados com esta realidade, alguns cursos jurídicos já  estão começando a mudar o preparo dos advogados que serão em breve colocados no front das incertezas do mercado. E você? Está preparado?

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